
Eu queria ser um relicário das lembranças do passageiro de trem que olha pela janela à espera do chá enquanto vai deixando vida para trás. Eu queria ser um pequeno relicário das memórias da criança que cresceu e precisou partir, desfazer das bonecas, dos laços de fitas coloridas nos cabelos. Eu, relicário das histórias daquela senhora à espera de quem sabe o ontem- sua própria relíquia, meio perdido no agora do tempo. Eu queria ser, mais do que um relicário, um canário belga dentro de cada um desses corações. Canções apenas.
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“Eu queria ser um pequeno relicário das memórias da criança que cresceu e precisou partir…”; “Eu queria ser, mais do que um relicário, um canário belga dentro de cada um desses corações. Canções apenas.” Eu queria ser poeta, das palavras e das canções. Sou apenas um peixe fora d´água. E desafino as canções. que belo e sensível poema. muito obrigado por esta relicário vivo da tua palavra. o meu abraço carinhoso.
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Tu és poeta! Abraço carinhoso para esse peixe dos mares profundos. 🙂
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