
uma casinha assobradada
derramada no meio da madrugada
noite estrelada
portas abertas
espera ansiosa a entrada das eras
primaveras gentis cobriam as varandas de flores
vestida de cores
verde, azul, amarelo
tudo nela era belo
uma casinha derramada no meio do nada
cheiro de caramelo suave com hortelã
suave adocicado gosto da manhã
varandas laterias encharcadas de sol
ali volta e meia pairava um rouxinol
também pousavam todos os tipos de amores
e lá deixavam suas dores
neste eterno amanhecer que é tua poesia construo com meus olhos e galhos de árvores uma pequena casa que possa ser refúgio para os pássaros que voam em busca do sol, da liberdade, da vida e do amor. e em cada manhã, encharcado de sonhos, desperto para o dia com gosto suave de hortelã e céu azul riscado de nuvens para além do horizonte que nos aproxima. (não sei mais o que escrever…apenas me pergunto onde eu estava que não lia teus textos antes.) o meu abraço e afeto imenso dentro das palavras que viajam e descansam na madrugada fria do sul em uma casinha repleta de sensibilidade.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Me encanta poder dividir o sabor suave de hortelã com alguém tão especial como você! Só tenho a agradecer aos seus olhos atentos à poesia da vida. Obrigada por cultivar meus textos nas madrugadas frias do sul com o seu olhar de dentro dessa casinha tão sensível. Abraço afetuoso.
CurtirCurtir