
sou uma escritora não muito ávida à leitura, confesso.
também não me considero Escritora
Sou quase um pouco de qualquer coisa e muito de nada.
é que escrevo por necessidade, já disse umas mil vezes, mas
insisto.
Compro livros que mais enfeitam minha pequena prateleira dedicada a eles
e me explico:
é que sofro de uma espécie de perdição.
eu me perco em devaneios e a leitura sempre me carrega para longe de suas páginas.
fico horas embasbacada com alguma frase que leio no meio
e do nada
eu me perco.
empaco feito mula.
não concluo o livro quase nunca.
mas fica assim
um pouco de suas impressões guardadas em mim.
e o cheiro.
também amo o cheiro dos livros!
Semana passada estive em Cordisburgo, pequena cidade no interior das Gerais e
por descuido – sou meio lesa mesmo e não sabia que
Guimarães Rosa nascera ali.
Tive que entrar na casa onde o contista, novelista, romancista, médico e diplomata
Viveu.
Aconteceu o mesmo:
Fiquei embasbacada!
Parada imaginando
esse monstro da nossa literatura correndo por ali ainda criança…
Coisa que fica registrada na lembrança
da Alma.
um pouco dos cantos dele em mim
assim.
e uma vontade de chorar.
uma coisa entalada na garganta.
pouco li,
pouco vi
só consegui sentir…
é sou assim,
devo ter defeito mesmo.
sofro de embasbacamento.
O que vale, mas vale mesmo é a impressão que fica cá dentro.
Sempre, sempre.
Ao menos consegui tirar algumas fotos…




Hermoso viaje, hermoso recuerdo, hermoso aprendizaje, hermosas confesiones de una escritora que admiro. Abrazote desde Villahermosa…
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Hermoso comentar mi amigo! Muchas gracias!!! Saludos desde Gerais.
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Antes de mais nada, que bacana se assumir… Na sequência: estive nesta pequena cidade (cidade do coração) em janeiro. Entrei na casa-museu… Já havia lido Grande Sertão Veredas, Sagarana, Corpo de baile… enfim,.. ousei escrever Rosa dos tempos nos ventos… O link está abaixo, talvez leias…
https://estevamweb.wordpress.com/2019/01/24/rosas-dos-tempos-nos-ventos/
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Para escrever requer certas coragens. Como despir a alma. E sim, lerei, correndo o sério risco de me embasbacar… Mas a vida é isso, essa espécie de riscos e encantamento. Obrigada Estevam! Passo lá! 🙂
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😍😍🌹🌹
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Obrigado… Se ler não nos embasbacar, então, não lemos, apenas corremos os olhos…
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Bem isso!
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o mesmo aconteceu comigo quando visitei a cada de Pablo Neruda, em Isla Negra (Chile). acho que foi pior: como não podia fotografar o interior da casa, fiz uma fotografia horrível do quarto a partir da visão que ele tinha para o oceano. o lugar é mágico e transpira poesia por todos os espaços. teu registro é muito sensível, poético e aí reside a beleza de estar embasbacada. que venham mais e mais textos teus, para que possamos nós ficar embasbacados. meu abraço forte e várias páginas em branco para escreveres.
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Somos dois embasbacados então, com a diferença que és um exímio fotógrafo e eu só consigo ampliar e reduzir a lente da câmera, sem nenhuma noção de luminosidade! kkkkkkkkk Ando sem muita inspiração te confesso, mas é fase. Vou publicando uns textos antigos até que ela volte. Estou me dando paciência comigo nessas páginas em branco e grata sempre… Feliz que apareceu. Embasbaquemos com a vida , sempre, sempre!
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Também não gosto de ler muito e acho que isso acontece por inveja. Tem hora em que dá uma vontade de jogar aguarrás na escrita alheia… Só não faço isso porque iria estragar a tela do meu computador. (E que não é 3D.)
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Kkkkkkkkkkkk ri alto aqui! Pode ser inveja, mas acontece que dependendo do que leio fico assim mesmo rapaz, realmente isso não é pra mim. Tem tanta coisa maravilhosa, mas no fim acho que encontramos o nosso caminho de um jeito ou de outro. Nem que seja por terapia mesmo! Abraços e não vá estragar seu PC!
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Lindo poema. Se vc não tivesse esse “problema”de embasbascamento… talvez não tivesse rendido esse poema lindo.
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Ah! Muito obrigada! 🙂
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Me identifiquei quando voce falou que compra mais livros pra enfeitar a estante que ler. e geralmente eu paro quando sentir que o livro já me passou a mensagem que tinha que passar. ou por vontade de dar prosseguimento a outro. Tenho que ir a Minas tomar um café com pãozinho de queijo em alguma livraria. ahahah belo texto!
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Adorando a honestidade dos escritores neste post! Sou assim também, o livro tem me dizer além do livro. No ponto que ele disse a que veio ele se vai e fica ali na prateleira sorrindo… risos. pois que venha tomar este café com pão de queijo dessa terrinha acolhedora. Ô trem bão! 🙂
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