
Desaparecer sem rastros ou
Laços no caminho
Sou clandestina
Forasteira
Estrangeira de mim
Alma cigana presa em cascas moldadas
Modelada por dentro e por fora
Sou cachoeira presa em represa
A vela em cima da mesa que não foi Acesa
Sou ausência de Mim
Cubro-me de caixas em busca do pertencer
Coloco sorrisos que não são meus
Clandestina
Desde menina
desde o amanhecer
Malas prontas, furadas
Roupas vazadas pelo chão, nem sequer combinam com meu eu – fiapo da escuridão
amparo-me nas flores caídas
secas, murchas ao relento
a Lua longe sorri e sinto acolhimento
Sou filha do vento
raios e trovões
Furacão com espadas e flechas afiadas na mão
É lá de onde venho
Longe, tão mais perto do Coração
Daqui clandestina
Malas prontas desde menina
Louca, doida para virar a esquina
E sumir de surdina
Na calada da noite
Ter com as estrelas
leve e inteira
Livre da mala que carrego desde menina
Estrangeira
Clandestina
Guerreira
Filha de Iansã

Hermosa foto, Renata…
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Gracias! 🙂
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A foto é tão descolada que não consegui vê-la com estas ditas malas…
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Elas são imaginárias! Hahahah!!! 🙂
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😂😂😂
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és alma livre para voar pelas palavras e além delas. aqui,…bom, aqui, é cais que acolhe as palavras que chegam e repousam em meus olhos e pensamentos.
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aqui, já que lá é ainda, só pode ser esse cais que almas como acolhe essas palavras que assim, desse jeito vou deixando pelo caminho, tirando da mala e seguindo. linda sexta-feira com um cafezim bem quentim.
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* que almas como a sua…
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Bem bonito…felicidade clandestina…
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ah Clarice! magnânima! 🙂 🙂 😉
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É sempre muito bom poder ler o seu talento, viajar na sua clandestinidade.
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Muito obrigada pela presença Gus!
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